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Financiamento Imobiliário

Se por um lado o banco facilitou o acesso ao crédito ao reduzir o percentual de entrada exigido e o aumento no financiamento dos imóveis usados, por outro lado dificultou esse acesso ao elevar as taxas de juros.

O limite de financiamento de imóveis usados pela Caixa passou de 50% para 70% do valor da propriedade para trabalhadores privados e de 60% para 80% para trabalhadores públicos no caso de imóveis enquadrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Para imóveis enquadrados no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), o limite do financiamento aumentou de 40% para 60% para trabalhadores privados e de 50% para 70% para trabalhadores públicos.

Com os novos percentuais de financiamento vieram também taxas de juros mais altas, mas sem que o banco avisasse o mercado sobre a mudança. A taxa balcão (aplicada a clientes que não têm relacionamento prévio com o banco) foi elevada de 9,9% para 11,22% no SFH e de 11,50% para 12,50% no SFI. Para trabalhadores privados que tenham relacionamento com a Caixa mais conta-salário, as taxas passaram de 9,50% para 10,50% no SFH e de 11,00% para 11,50% no SFI.

É a primeira vez neste ano que a Caixa sobe os juros no crédito imobiliário. A última vez que o banco havia aumentado as taxas havia sido em outubro do ano passado.

São enquadrados no SFH financiamentos de imóveis de até 750 mil reais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal, e de até 650 mil reais nos outros estados. Já o SFI engloba financiamentos de imóveis de mais de 750 mil reais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal, e de mais de 650 mil reais nos outros estados. 

Com os novos tetos de financiamento, um tomador de 40 anos que queira financiar um imóvel de 500 mil reais em 30 anos, por exemplo, terá agora até 350 mil reais financiado pelo banco, 100 mil reais a mais do que pelas condições anteriores. Assim, o valor exigido como entrada na compra do imóvel é reduzido de 250 mil reais para 150 mil reais.

Contudo, a renda necessária para encarar o financiamento, equivalente a 30% do rendimento familiar, aumenta de 10.208,76 reais para 14.206,34 reais. O valor da prestação também sobe: passa de 3.042,21 reais para 4.233,49 reais.

O Canal do Crédito considerou na simulação as taxas cobradas para quem não tem relacionamento com o banco (taxa balcão), no caso de trabalhadores privados, e as taxas cobradas para quem tem relacionamento com o banco, no caso de servidores públicos,

As mudanças valem para financiamentos pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), o mais utilizado no mercado e no qual as parcelas do financiamento são decrescentes ao longo do tempo.

No caso de financiamentos pela Tabela Price, com parcelas fixas, os tetos para financiamento de imóveis usados se mantêm tanto no caso de trabalhadores privados como trabalhadores públicos, pelo SFH e pelo SFI.

As novas condições são aplicadas aos financiamentos contratados com recursos da poupança, que se enquadram no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e não valem para linhas ligadas a programas habitacionais como o Minha Casa Minha Vida e aPró cotista.